terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... simpatias e promessas de ano novo!

foto divulgação
Tá na comida. Tá na cor da roupa. Tem uma lista. Várias anotações para não esquecer e até para cobrar de si mesmo. Quando o ano velho está chegando ao fim é (quase) inevitável não pensar e não fazer simpatias e promessas para o ano que chega.

Ano novo, vida nova! Essa talvez seja uma máxima que ajuda a explicar porque as pessoas buscam diferentes e inusitadas formas de realizar desejos e firmam um compromisso de fazer várias coisas nesse período. Penso eu que é porque o ano novo chega com um espírito de renovação e aí todo mundo embarca nessa onda.

Pois é, e na virada do ano vale tudo. Tudo para conquistar um novo amor, para ter sorte, ter mais prosperidade e por aí vai. São muitas as simpatias que fazem parte de uma sabedoria popular, e muitos acreditam que com o pensamento positivo, tudo que se deseja pode se realizar. E isso acontece porque o ser humano é supersticioso por natureza e esses para o reveillon se tornaram tradições, principalmente para os brasileiros.

E tem um entendido do assunto, o tarólogo, coaching espiritual e terapeuta quântico e metafísico Marcus Vinícius, que explica esse assunto: “Nesse período as pessoas renovam suas esperanças e vibram com mais intensidade e força na hora de manifestar seus desejos. O brasileiro tem muita fé, até os que dizem não acreditar fazem simpatias porque sabem que sempre existe a possibilidade do pedido dar certo”. Mas ele também avisa, que simpatia por si só não faz milagre, a pessoa tem que acreditar e correr atrás dos seus desejos.

Mas, e os planos para o ano que vem, você já fez? Então, esse é outro assunto inevitável nessa época do ano. Todo fim de ano muita gente faz inúmeras promessas para o ano novo, estabelece metas e faz uma lista de coisas para cumprir. Mas e aí? No final do outro ano algumas percebem que tudo não passou de promessas e que nada saiu do papel. Para isso não acontecer é preciso fazer com que não seja apenas um protocolo de final de ano, mas sim um trato com você mesmo.

E pegando carona no que o guru citado acima disse sobre as simpatias, com as promessas de ano novo, eu parto do mesmo princípio, se você não correr atrás e não tiver atitude, não vão passar de promessas e desejos. E preciso lembrar que sem a força da (ou de) vontade, desejo nenhum se realiza.  

De qualquer forma vou ali preparar a lentilha e minha roupa amarela... e que venha o ano novo!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... espírito natalino!

foto divulgação
O Papai Noel já está quase descendo pela chaminé! Com o Natal batendo à porta, nessa época do ano, todas as pessoas são invadidas e acometidas por um sentimento tão especial e próprio desse período: o tal do espírito natalino.

Ah, realmente essa é uma época que o coração de todo mundo amolece, as pessoas ficam com a sensibilidade bem a flor da pele, porque desperta em todos (ou quase todos) uma compaixão imensa. No Natal as pessoas são solidárias umas com as outras; fazem caridade; pedem desculpas (brigou o ano inteiro com a pessoa, mas no Natal faz as pazes); lembram dos amigos distantes; ficam próximas das suas famílias; e por aí vai... O espírito natalino proporciona essas e muitas outras emoções que são capazes de transformar as pessoas em pessoas melhores. É, o Natal tem essa magia!

Eu particularmente acho muito legal essa comoção e essas atitudes (quando são sinceras), porque tem o falso espírito natalino que espanta até o "bom velhinho". Parece que é automático, sabe?! Chegou a época do Natal aí todo mundo tem que encarnar esse espírito e se comportar bem direitinho. Não, não estou falando que não pode se sensibilizar no Natal, estou falando de quem faz isso obrigatoriamente, ou faz só por fazer mesmo, pela tendência, porque é Natal e pronto.

Eu me pergunto por que algumas pessoas agem assim só nesse período, porque certas coisas que o espírito natalino proporciona não podem ser feitas o ano inteiro, ou ainda, porque algumas vem embaladas pra presente só porque "no Natal pode"! Há um certo encantamento nessa época do ano, mas não podemos negar que também há muita conveniência e hipocrisia em torno disso. 

Para quem é cristão o Natal é a celebração de um acontecimento que marcou a história dos homens: o nascimento de Jesus Cristo. Assim o “espírito natalino” ganha um significado singular. Mas também estes, devem se lembrar desse significado e tudo que ele representa além dessa época. É bom saber que tem muita gente precisando de compaixão e solidariedade o ano inteiro.

E você, como anda o seu espírito natalino? Já parou pra pensar nisso? Ho ho ho!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... curiosidade!

foto divulgação
Dizem que ela matou o gato. Mas todos nós estamos o tempo todo tentando matá-la. Calma gente! Estou falando da curiosidade. Uns mais, outros menos, mas a verdade é que ser curioso é coisa do ser humano.

Não tem jeito, somos curiosos por natureza. Antes de humana, a curiosidade é uma característica do instinto animal. E de alguma forma somos movidos pela curiosidade que nos cerca. Isso acontece porque somos inquietos e queremos saber e ver tudo que é por nós desconhecido.

E assim chegamos ao que somos e ao que construímos hoje no planeta. Graças à curiosidade humana, que não dá para controlar, e que permitiu investigar e explorar o universo ao nosso redor. Então a curiosidade pode nos fazer ir em busca de algo novo e nos desenvolver. Essa curiosidade faz bem para as nossas ideias e nos proporciona crescimento.

A curiosidade também tem um lado bem pitoresco, que são aquelas coisas e informações bem bizarras – ou não – mas que são diferentes, nas quais também chamamos de “curiosidades”. Tudo em nome da nossa “inquietabilidade” de querer saber sobre todas as coisas.

Mas e se a curiosidade for da vida alheia?! Ah, ninguém escapa não! Todo mundo tem um pouco de maroca, xereta, bicão e intruso quando é esse o assunto, pois como já falei, é instintivo. A pergunta é até que ponto nós conseguimos conviver com essa nossa curiosidade? Porque quando ela ultrapassa os limites do bom senso e chega a ser invasiva, aí é muito prejudicial. Bisbilhotar o que não deve é antes de tudo muito feio.

O filósofo Santo Agostinho alertou que: “entre as tentações, uma das mais perigosas era a doença da curiosidade, que nos levava a tentar descobrir os segredos da natureza, aqueles segredos que estão além da nossa compreensão, que em nada nos beneficiarão e que o homem não deve tentar saber.". Por outro lado, o cientista e professor de psicologia Todd Kashdan, em seu livro Curious, fala da curiosidade como uma forma de sair da zona de conforto e encarar o risco de falhar.

Mas afinal o que pode ficar de lição sobre a curiosidade? Bom, no mínimo ela é motivadora e abre infinitas possibilidades de novas descobertas. Mas e o gato? O gato se for muito curioso com o que não deve...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... fé!

foto divulgação
Uma certeza que dispensa qualquer explicação, que não precisa de provas. Para uns é o combustível da vida, para outros é uma força superior que vem de algo para fazer o impossível, para mim é uma força que vem de dentro e que me dá fôlego. Estou falando da fé.

Não, não é sobre religião. É sobre algo, pra mim, muito maior que qualquer crença. É um sentimento de confiança absoluta que não carece de justificativa racional. A fé que você deposita no que quer que seja independe de qualquer manifestação religiosa, ela depende simplesmente de você acreditar, pois é o verdadeiro sentido da palavra crer.

Ela aparece de várias maneiras e vinculada quase sempre a questões emocionais e à própria religião. E em inúmeras situações a fé nutre um sentimento de esperança, porque quem tem fé acredita num poder de transformação e de superação, além das possibilidades “normais”.

O professor e filósofo Mario Sérgio Cortella fala sobre o assunto: “A fé é uma força vital e tem sim um movimento que ultrapassa mero campo da religião. A fé independe de religião, a religião é que depende da fé.”. Segundo ele a fé não pode ser tola e sim um movimento de inclinação, em que alguém se debruça sobre uma ação, acredita nessa possibilidade e aí cria o que não se vê, em vez de apenas crer naquilo que não vê.

Então, isso que o Cortella fala me lembra aquela frase: “a fé move montanhas”. Eu acredito que move se você mover todo dia um pedaço dessa montanha e querer que ela realmente mude de lugar. Eu penso que acreditar também começa em fazer, em querer pra valer e com atitude.

E quando eu digo que a fé é uma força que vem de dentro e me dá fôlego é porque fé pra mim está dentro de nós mesmos, mesmo que exista a crença em objetos, superstições, figas, santos, patuás e coisa e tal, pra mim a realização está na fé que depositamos. É um movimento de apoiar-se num fundamento firme unindo a nossa crença à fé que nutrimos por ela. Esse fôlego é a inspiração que a minha vontade de ter fé traz.

E pra mim o grande lance é mesmo viver com fé. Fé em Deus. Fé na vida. Fé em dias melhores. Fé no ser humano. É aquela velha história, daquela música: “Viver com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...”.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... muita informação!

foto divulgação
Você sabia que nós recebemos em um mês, mais informação do que o nosso tataravô teve acesso durante toda a vida dele? Pois é, hoje nós produzimos milhares de vezes mais informações em um ano, do que todas as gerações que nos antecederam. É espantoso quando a gente compara, mas na loucura que a gente vive, parece tão normal... Será?!

Às vezes eu tenho a sensação que não tem espaço pra mais nada dentro da minha cabeça. Gente é muita informação pra armazenar, e tudo ao mesmo tempo. Preciso de um HD externo urgente, juro!

Mas o problema não é só a quantidade de informação que é ofertada, mas também a quantidade que a gente consome desenfreadamente. Diariamente a nossa busca e o nosso consumo por informação é em doses absurdas. É de enlouquecer, de dar um curto circuito, mesmo! E não é legal, principalmente porque não é saudável. A gente tem que aprender a selecionar, a deletar de vez em quando, a absorver de verdade, não só consumir a informação pela informação.

Essa necessidade descontrolada gera uma ansiedade que causa um tipo de transtorno na nossa sociedade, a chamada “ansiedade de informação”, criada há dez anos pelo designer e arquiteto norte-americano Richard Saul Wurman, autor do livro Ansiedade da informação: como transformar informação em compreensão. Para Wurman: "A ansiedade de informação é a lacuna entre o que você acha que deveria saber e aquilo que você realmente é capaz de compreender.”.

E é aí que tá o que eu falei para vocês sobre absorver a informação de verdade, é acima de tudo compreender. Estamos sempre conectados, isso é fato, e mesmo assim parece que a gente nunca está satisfeito, é uma sensação de incompletude de informação. Mas é nesse momento que deve entrar nosso poder de seleção e a consciência também.

Eu vou contar um exercício que eu faço: quando eu consumo conteúdo, sempre tento produzir algo em cima disso, mesmo que em pensamento, porque é mais fácil de reter; quando eu consumo bobagens e desimportâncias, porque não vou mentir que também consumo e acho que é necessário sim, de vez em quando, pra tornar mais leve essa oferta densa de informação, mas aí, essas coisas não ficam arquivadas, não deposito esforço de reflexão sobre elas. Acho que assim dá pra respirar e sobreviver no meio dessa avalanche de informação!



Fonte dos dados: Revista Viva Saúde.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Não dá para controlar... erros!

foto divulgação
Ainda bem que eles existem! É verdade, errar é uma das coisas mais maravilhosas que existem na vida. Você já parou para pensar onde estaríamos se não fossem os nossos erros?

Pois é, com certeza, de um jeito ou de outro, eles nos trouxeram para onde estamos hoje. E nem precisa atirar nenhuma pedra não, porque todos nós cometemos erros. Como dizem por aí... é humano! Errando, vamos crescendo e aprendendo sempre. Pelo menos, é isso que deveríamos tirar de lição quando damos uma vacilada: aprendizado.

Mas, tem gente que pensa que admitir seus erros está associado à humilhação e fraqueza. Isso é um problema, porque o primeiro passo para saber lidar com os nossos erros é admiti-los. Não devemos ser coniventes com eles, mas sim aprender. Depois, bola pra frente e vida que segue.

Essas pessoas que não toleram suas próprias falhas se cobram demais e ficam sempre na defensiva. Fogem da responsabilidade e colocam a culpa em qualquer outra coisa ou pessoa. Ah, e não toleram os erros dos outros também. Isso faz um mal danado!

Eu vou dizer uma coisa para vocês: aceitar errar e se permitir errar, para mim é uma virtude. É verdade, temos que aprender a enxergar o lado positivo de falhar. Eu acho que errar é arriscar, e arriscar é muito corajoso. É uma busca por querer ser sempre melhor, porque errando, pelo menos você sabe quais caminhos não deve seguir, não é verdade?!

Kathryn Schulz, a autora do livro: Por que Erramos - O Lado Positivo do Erro, diz que: “Aprendemos mais com os erros do que com os acertos. É bom acertar, ótimo para o ego, nossa sobrevivência depende de conclusões corretas sobre o mundo. Mas estar certo não é um processo de aprendizado, é um processo de reforço. Você não registra muita informação em estar certo a respeito de algo. Já quando percebe que está errado é forçado a recuar e a reconstruir a ordem dos fatos, o que te permite aprender.”.

Então, como eu estava dizendo, os nossos erros nos permitem traçar uma rota em nossa vida com muito mais bagagem, com muito mais segurança de fazer certas escolhas e tomar algumas decisões. Essa é uma sabedoria que se adquire quando aprendemos a conviver com os nossos erros, e principalmente, aceitá-los.

Por isso, vamos desencanar, porque não dá para acertar sempre e não dá para controlar algo que é tão natural e inerente a nossa essência: os erros. Mas uma coisa eu tenho pra mim, os nossos erros hoje são nossos acertos futuros!



domingo, 30 de novembro de 2014

Não dá para controlar... o que os outros pensam!

foto divulgação
Definitivamente não dá para controlar o que os outros pensam. Porque eles sempre vão pensar. Nós sempre vamos pensar o que quer que seja sobre os outros, mesmo que involuntariamente. Mas até que ponto isso interfere na nossa vida?

Mesmo quem não queira admitir, todos têm uma ponta de preocupação com a opinião alheia sim. O psiquiatra Roberto Shinyashiki explica: “O ser humano precisa se sentir importante e, por isso, a opinião dos outros vira referência do quanto é amado. A partir daí, infelizmente, muita gente faz o que não quer só para agradar e se sentir aceito”.

E aí é que está a minha resposta para a pergunta acima. Vai interferir ou não na nossa vida, dependendo do nosso grau de preocupação com essa aceitação social, o que é uma grande loucura, porque ninguém consegue agradar a todos. E muito menos, achar que pode impedir qualquer julgamento sobre você. Ledo engano, não pode! 

Mas não sejamos tão prepotentes, de achar que o mundo gira ao nosso redor. Acredite você ou não, não somos tão especiais assim! Um estudo realizado pela National Science Foundation revela que uma pessoa tem mais de 50 mil pensamentos em um dia. O que significa que, mesmo que alguém pensar em você mais de 10 vezes por dia, isso será equivalente a apenas 0,02% de todos os pensamentos que ela teve naquele dia. Ufa!

Agora, tem muita gente que não sabe disso e faz o que não quer só para se sentir aceito. E eu digo uma coisa para vocês, ninguém merece se curvar a certas pressões em detrimento de suas próprias escolhas. É, mas tem gente que exagera nesse ponto e gasta a sua energia tentando cumprir as expectativas alheias, passa a tomar atitudes baseadas no que as outras pessoas vão achar, e não no que realmente acredita. Assim, acaba vivendo um personagem prisioneiro de si mesmo, a um preço muito caro que é a liberdade.

Mas esses “outros” a quem me refiro, não são aquelas pessoas próximas a você, porque a estas, reservamos um cuidado maior e há uma certa cobrança interna acerca das expectativas dessas pessoas tão queridas, mas também há uma compreensão maior da parte delas, porque afinal de contas gostam e aceitam você como você é e é isso que importa. Então seja o que você é sem se preocupar com o que você parece ser ou com o que os outros pensam, pois como já dizia Bob Marley: “os que os outros pensam é problema deles.”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Não dá para controlar... falta de tempo!

foto divulgação
Quanto tempo você tem para perder tempo? Você já pensou nisso? Porque até pra pensar, hoje em dia, às vezes nos falta tempo. E perder esse bem tão valioso na sociedade em que a gente vive é um pecado quase que mortal, visto que o ritmo é frenético e não perdoa.

Isso acontece porque a gente vive acelerando, o tempo todo atropelando as coisas e não pisa no freio nunca. No domingo a gente já pensa na segunda, na segunda a gente já pensa na terça, em novembro a gente já pensa em janeiro, e por aí vai, um excesso de antecedência descabido. Não estou falando aqui de não se planejar ou não pensar e enxergar o futuro. Não. Estou falando meus caros, do lado qualitativo do nosso tempo e da necessidade que a gente tem (ou parece ter) de fazer uma coisa pensando em outra, ou de estar sempre fazendo e sempre pensando.

Mas até que ponto essa correria que a gente vive é saudável? A gente tá sempre ocupado e sempre falta tempo pra tudo. Tem dia que eu chego a pensar porque o meu dia não tem mais de 24 horas. E tem dia que eu não desligo, continuo funcionando, produzindo, mesmo dormindo. Oh céus! Pra quê?! Acho que saudável mesmo é perder tempo de vez em quando. Sim, perder tempo, isso é uma sabedoria. E eu poderia até lançar uma máxima agora: falta de tempo é para os fracos, os fortes sabem perder tempo. E a qualidade que eu falo pra vocês do tempo, está também aqui em como perdê-lo.

O escritor e jornalista Fabrício Carpinejar tem uma crônica chamada “Tempo é ternura” e ele fala sobre o quanto perder tempo faz bem para as relações humanas e que perder tempo é a maior demonstração de afeto. Ele diz: “Perder tempo é transformar a agenda concorrida e lotada em diário, ou seja, intensificar os gestos (...) intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.”.

E eu digo a vocês: saber perder tempo é parar de querer controlar a rotina o tempo todo e viver acima dessa obsessão maluca e desenfreada de não estar onde você está ou de estar aonde você ainda vai estar. Permita-se viver na cadência do seu tempo. Perca tempo!  



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Não dá para controlar... saudade!

foto divulgação
Ela chega sem pedir licença e nem diz quando vai embora. Ela é intensa. É um vazio sem fim. Pode te fazer rir ou chorar. É a ausência mais presente na nossa vida. Eu tô falando da saudade. Qual é a sua?

A gente conhece a saudade por um sentimento que é causado pela falta ou distância de algo ou alguém. E curiosamente essa é uma palavra própria da nossa língua. Isso mesmo. Saudade não tem tradução literal nas outras línguas. Uma palavra cheia de significados e tão difícil de traduzir, ao ponto da empresa britânica Today Translations colocar a saudade como a 7ª palavra mais difícil de traduzir do mundo, em uma lista feita por mil tradutores profissionais.

E mais curioso ainda é o seu surgimento. Reza a lenda que a palavra saudade surgiu com os portugueses, na época do descobrimento do Brasil. Os lusitanos eram acometidos por um sentimento avassalador, que definia a solidão que eles tinham ao ficar longe da sua terra e da sua família. E a saudade ganhou tamanha proporção, que no Brasil tem um dia só para ela. Dia 30 de janeiro é comemorado o dia da saudade. É saudade, tens muita história para contar!

E põe história nisso, viu?! A saudade e tudo o que ela provoca é um dos sentimentos mais utilizados nas músicas, nas poesias e nas histórias de amor. Tudo isso motivado pela imensa vontade de estar com uma pessoa ou de reviver certos momentos.

Mas, há saudades e saudades. Tem saudade que é dor, que aperta tanto o peito, que escorre pelos olhos quando a gente lembra alguém muito querido que já se foi. Tem saudade que é de alguém que tá bem perto e bem longe, ao mesmo tempo. Tem saudade que vem por um cheiro, um lugar, uma música ou uma comida. Tem saudade que faz a gente rir, dá uma sensação de felicidade e uma boa pitada de nostalgia, por uma época boa da nossa vida. Tem a saudade das coisas que acabaram. Tem saudade de momentos inesquecíveis, que valem a pena viver só para curtir a saudade depois. Ai, que saudade!

E cada um de nós manifesta e convive com “as nossas saudades” de maneiras bem diferentes e muito particulares. Tem gente que não gosta nem de pensar no assunto e tem gente que gosta de alimentar sempre e viver da saudade, ou melhor, da lembrança. E eu, tenho saudade até do que eu ainda nem vivi, porque no fim das contas, a saudade é o que a gente não quer esquecer.