quarta-feira, 18 de março de 2015

Não dá para controlar... intolerância!

foto divulgação
Talvez não seja a violência, o terrorismo, a guerra, o ódio, a inveja, nem tampouco as diferenças, o maior problema do mundo. Mas sim, a verdadeira causa que faz com o que tudo isso aconteça: a intolerância.

A intolerância, meus caros, tal qual como define o dicionário é uma atitude mental caracterizada pela falta de vontade em reconhecer e respeitar as diferenças, sejam elas quais forem: crenças, atitudes, opiniões ou escolhas. É isso mesmo. A humanidade está doente de intolerância. As pessoas não respeitam os outros, não toleram aquilo que é diferente do que elas pensam ou do que elas são.

As pessoas estão cada vez mais indispostas a aceitar pontos-de-vista diferentes dos seus. Parece que às vezes não é uma questão apenas de não aceitar, mas de querer calar aqueles que têm opiniões divergentes, de querer insultar aqueles que são diferentes. E essa ausência de tolerância é expressa com uma atitude tão negativa e hostil, que vem carregada de ódio, capaz de incitar muita agressividade. E daí para a violência é um pulo.

Porque vocês acham que o Brasil lidera o ranking de violência contra homossexuais? Intolerância. Porque existe tanto terrorismo no Oriente Médio? Intolerância. Porque ainda sofremos com o racismo? Intolerância. Porque o número de pessoas que sofrem de bullying cresce cada vez mais? Intolerância. Porque pessoas de esquerda e de direita têm trocado ofensas constantemente? Intolerância. Porque existem muitas brigas de torcida e muitas acabam em morte? Intolerância. E eu poderia continuar citando e citando tantos outros casos e situações que começam com a intolerância.

Não, não pense que isso tudo está muito distante da sua vida. Existem formas muito comuns de intolerância que incluem ações discriminatórias e desrespeito a qualquer ideia de qualquer pessoa. Tudo o que eu vejo são pessoas que pensam e agem diferente, trocando farpas e ofensas, pela incapacidade de acatar as escolhas alheias, como se as suas fossem as únicas aceitáveis, cabíveis e absolutas. E ainda tem gente que diz que vivemos numa democracia, num estado laico e que batem no peito defendendo a liberdade de expressão. Então, mais coerência, por favor!

O médico canadense Gabor Maté, especialista em psicologia do desenvolvimento, fala em seu livro “Scattered Minds” que estamos criando uma geração com menores recursos neurológicos para sentir empatia pelo outro. Socorro! Isso definitivamente é muito assustador.  Vamos deixar essa arrogância de lado, vamos fazer a nossa “mea culpa” e colocar a mão na consciência, essa intolerância toda não leva a lugar nenhum. Ou melhor, leva sim, a índices cada vez maiores de barbárie. Se o que desejamos tanto é um mundo melhor, então com certeza, o respeito e a compreensão são os primeiros passos para fazer esse mundo melhor.

Cada um de nós não precisa de aceitação, nem de aplausos pelas nossas escolhas, só precisamos ser respeitados e respeitar o próximo. Ninguém precisa morrer de amores um pelo outro, nem mesmo concordar com o que o outro diz ou faz. Deve ter apenas uma boa dose de respeito. É pedir muito?

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