terça-feira, 28 de abril de 2015

Não dá para controlar... falta de entrega!

foto legenda
Cada vez mais as pessoas são pela metade. Pensam pela metade. Sorriem pela metade. Amam pela metade. Vivem pela metade. E a única coisa inteira nisso tudo é a falta de entrega!

Sinto falta de pessoas que se jogam, sem se preocupar com a maré; de pessoas que mergulham, sem se preocupar com a profundidade. Mas é justamente isso que ninguém quer hoje em dia: remar contra ventos fortes e sair da superfície. Só eu tenho incapacidade da vida prática e gosta do que tira o fôlego? Eu espero que não! Está tudo assim meio fora do lugar, tudo parece tão impessoal.

Há uma falta de entrega em tudo, ninguém quer se comprometer. Com nada. Com ninguém. E isso parece uma epidemia, que cada vez mais contamina as pessoas. Porque ninguém quer ser profundo, dá muito trabalho. Ser superficial é mais fácil, ser pela metade não tem tanto desgaste, sabe?!

E eu vejo essa falta de entrega por todos os lados: nos relacionamentos, ambientes de trabalho, na sociedade, em tudo. Parece um medo de se envolver e querer agir apenas como expectador. Há sempre um resquício da dúvida. E isso é meio assustador porque quando a pessoa não está entregue é uma meia pessoa que produz meias verdades, meios carinhos, meios amores, quando deveria ser tudo inteiro e de verdade.

A sensação que eu tenho é que existe uma espécie de blindagem em todo mundo hoje em dia, uma barreira invisível e resistente que não te deixa alcançar a verdadeira pessoa que está por trás dessa fortaleza de meios sentimentos e meias emoções. As pessoas não estão dispostas à cumplicidade. E é como se elas não sentissem necessidade disso. A bolha em que elas estão, basta. Talvez por isso tudo pareça ser tão fugaz e inalcançável. É como se interpretassem um papel que não as pertence.

Acho até que as pessoas vivem em uma espécie de poda de si mesmas: querem ser, mas acham que não podem; querem ir, mas acham que não devem. É uma falta de entrega até em querer se entregar. Ah, devo confessar que pessoas pela metade me cansam, não suporto meio termos. Não gosto de voar de pés no chão. Não faço a linha mais ou menos.

Aí nessas horas sempre aparecem àquelas teorias (que pra mim são feitas por pessoas pela metade) que dizem que temos que ficar na defensiva para nos proteger. Uma metade vive e a outra não se compromete e se mantém intacta. Mas de que adianta viver pela metade se temos o mundo inteiro? 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Não Dá Para Controlar... estereótipos!

foto divulgação
É engraçado como as pessoas medem você pelo que você parece e não pelo que você realmente é. E assim vão colocando você dentro de enquadramentos, consequência de julgamentos concebidos de suposições, achismos e opiniões alheias. É, não dá para controlar os estereótipos!

Qualquer movimento que você faz, a roupa que você usa, a música que você ouve, ou até aquilo que você deixa de fazer, é suficiente para você ser taxado de alguma forma e ser colocado no altar de algum padrão que as pessoas simplesmente determinam sobre você. Essas generalizações que nós fazemos o tempo todo sobre os outros, e que os outros fazem o tempo todo sobre a gente, geralmente são carregadas de preconceitos.

Preconceito sim. Os estereótipos são impostos e se convertem em rótulos, muitas vezes pejorativos, a partir das impressões que se tem das características ou comportamentos de grupos sociais ou indivíduos. Porque tem que ser assim? Isso nos leva a um entendimento errôneo e tão substancial, né?!E essas interpretações muitas vezes já estão incutidas no subconsciente, que parece automático fazer certas associações e estereotipar as coisas e as pessoas.

É aquela velha história: a mulher super bonita e arrumada, não pode ser inteligente, tem que ser fútil; já a inteligente, não pode ser elegante e se vestir bem, e deve ser “feia”; o nerd com certeza usa óculos, é atrapalhado e tem o rosto cheio de espinhas; Infelizmente é bem por aí que as pessoas encaixam os outros na sociedade.

Mas estereótipo pra mim é algo desprovido de originalidade, cheio de inverdades e repleto de clichês! Serve para as pessoas colocarem os indivíduos que as cercam dentro de caixas. E uma vez interiorizado é replicado de uma maneira quase mecânica como nesses exemplos. Mas se há algum lado bom nisso tudo é a surpresa que o estereótipo te causa. Quem nunca falou sobre alguém: “nossa, eu pensava outra coisa de você”, depois que conheceu de verdade e se deparou com a desconstrução da imagem estereotipada e pré – concebida de tal pessoa?!

É, só que o problema é que os estereótipos causam barreiras invisíveis que impendem as pessoas de fazerem uma análise um pouco mais apurada. À medida que eles são criados, levianamente, são reforçados constantemente, em visões simplificadas da realidade e são altamente resistentes a mudanças. Assim acabam influenciando percepções e atitudes que nos cegam e nos impedem de enxergar as coisas e as pessoas como elas realmente são.

Quer um conselho? Saia da caixa. Esqueça os estereótipos e viva sem culpa. Eles sempre vão existir e a gente não vai morrer por isso!