domingo, 17 de maio de 2015

Não dá para controlar... a lei da inércia na vida!

foto divulgação
Na vida é sempre mais fácil continuar como tá. Tudo conspira para a inércia. É, eu sei que estudamos isso nas aulas de física, mas você já parou para pensar se essa lei se aplica a sua vida?

Galileu chamou de inércia a tendência que os corpos apresentam para resistirem à mudança do movimento em que se encontram. Ou seja, o corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Aplicação na vida? Tudo na mesmice! 

É isso mesmo, a lei da inércia na vida se aplica a pessoas que vivem num estado de paralisia. E assim como diz a lei da física, na vida, qualquer pessoa que está nesse estado de paralisia terá tendência a continuar assim, até que alguma força atue sobre ela. O que também me faz lembrar aquela outra lei, da ação e reação. Mas você há de convir comigo que tem gente que desafia as leis da física! Parece que essas pessoas não estão prontas para acordar, nem com uma força agindo sobre elas. São tão inertes que não reagem.

A lei da inércia também diz que se um corpo estiver em movimento, terá também tendência a continuar o seu movimento, até que uma força atue sobre si. Quem nunca? Quem sempre? Quem nunca foi interrompido e teve que mudar o percurso? Quem sempre resiste às mudanças e permanece com o mesmo movimento? A questão não é a intensidade, mas sim a constância com que as coisas acontecem (ou não).

Manter um modelo de vida inerte parece um plano perfeito. É apoiado em fórmulas muito bem calculadas, ou em meros paradigmas, que na maioria das vezes não serve pra muita coisa. Pois acontece, meus caros, que na vida não existe preceito estabelecido para regular qualquer mobilização ou mesmo o repouso. Então não vamos nos deixar levar pelo excesso de estagnação ou escassez de movimento. Sabe a lei do equilíbrio? Pois é. Acho que assim que a “banda” toca, ou pelo menos deveria.

Sabe o que eu acho que anula a lei da inércia? A energia que você coloca estando em repouso ou em movimento. Tem uma outra lei da física que diz que quando uma energia é perdida em uma reação, ela é transformada em uma energia de outro tipo. Então se por ventura você estiver inerte, não perca a sua energia, transforme em outra muito maior. 

Mas falando sério: quantos de nós não tem problemas de inércia? Com certeza todos nós, em algum momento, fica com o que é conveniente. E a inércia é conveniente. O duro é ver gente que faz disso uma eternidade. Poucos indivíduos realmente apreciam movimentar-se, mudar de direção e acelerar. Vamos ter em mente que de vez em quando é preciso aquela sacudidela nos ossos e tirar a poeira debaixo do tapete das nossas atitudes e pensamentos imutáveis.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Não dá para controlar... corrupção!

foto divulgação
Não, não é sobre política. É sobre caráter. E qualquer semelhança, nesse caso, não é mera coincidência. Mas sim, mera consequência. O assunto nunca esteve tão em alta, mas lamento informar: não é de hoje. Venha, sente aqui e vamos conversar sobre corrupção.

Muito se engana quem pensa que corrupção se restringe à política. Na verdade isso não passa de uma extensão da prática já feita há muito tempo e sendo “normal” do que você possa imaginar. A corrupção é uma velha conhecida de todos nós brasileiros. Porque sim, somos todos corruptos! Ah, não fique chocado. Está na hora de encarar a realidade. Está na hora de parar de falar desse assunto em terceira pessoa. Está na hora de reconhecer a nossa parcela de culpa nesse “jeitinho” todo nosso!

Todos nós em algum momento (ou com certa frequência) já corrompemos, subornamos, adulteramos, burlamos as regras, e o que é pior: com a maior naturalidade do mundo, quer dizer, do Brasil. A corrupção nos abre um leque de incidência que via de regra nós não identificamos no nosso dia a dia, por não “incomodar”, por não parecer tão grave assim e pelo absurdo de já estarmos acostumados com tudo isso.

E é justamente aí que mora o problema (ou a solução?): o fato de essas pequenas atitudes levianas terem um caráter de insignificância. Mas isso não anula o fato de ser corrupção. E infelizmente é assim que começa. Nossas pequenas atitudes diárias de corrupção contribuem e patrocinam algo muito maior.

Há quem diga que subornar um guarda de trânsito é bem diferente de assaltar os cofres públicos. Pode ser diferente na gravidade, mas parte da mesma motivação de desvio de conduta. Sejam pequenas, médias ou grandes, ações corruptas são ações corruptas. Pequenas atitudes de corrupção sempre realimentam mais atitudes de corrupção. E é aí que temos que parar e refletir, antes mesmo de cobrar honestidade.

O caminho longo que temos a seguir de combate à corrupção começa com a percepção desse mal pela sua raiz, mas tá difícil, viu?! Uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, em 2012, apontou que um em cada quatro brasileiros (25%) não vê o suborno de um guarda como corrupção, enquanto 35% dos entrevistados não veem como corrupção atitudes como a sonegação de impostos. É o que eu disse: o absurdo de estarmos acostumados, de ser normal. Mas por favor, quando vamos entender que não é?!

Vamos fazer a mea culpa sim. É completamente absurdo pensar que alguém seja canalha ou corrupto o tempo todo, mas em alguns momentos de escolhas já agimos assim. Em alguma situação ficamos alheios ao bem comum e quisemos tirar vantagem. Nós deliberamos nossa própria trajetória, projetamos situações desejadas, decidimos sobre caminhos e descartamos outros, sempre intervindo e transformando o mundo a nossa volta, por isso devemos pensar nas nossas pequenas atitudes diárias, nessas corrupçõezinhas que podem garantir nosso conforto pessoal e atrapalhar a convivência com as outras pessoas.

Bom, se quisermos mesmo, de verdade, avançar nesse assunto precisamos reconhecer que aceitar pequenas corrupções é aceitar qualquer corrupção. Agora, se me dão licença, preciso fazer uso de Martin Luther King quando ele dizia: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons.”.