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Você
já parou pra pensar quantas vezes já levou um não? E quantas vezes você já
disse não? Sim, parece que essa palavra está cada vez mais na moda e super presente
na nossa vida. Eu acho até que virou automático, de tão comum e incontrolável que
ficou dizer não.
É,
esta é uma reflexão um pouco difícil, porque os “nãos” que ouvimos tendem a
mexer um pouco com as nossas frustações. Isso acontece porque ninguém gosta de
ouvir “não” como resposta, parece que vem carregado de negatividade e
sentimentos ruins, a ponto de mudar o rumo das coisas, dos nossos planos, dos
nossos desejos e botar tudo a perder.
Às
vezes é tão difícil engolir um “não”, que até o corpo sente. Um estudo
holandês, publicado na revista científica Psychological
Science, diz que no momento da recusa há uma queda dos batimentos cardíacos.
Segundo os pesquisadores, o sistema nervoso autônomo, que controla funções como
digestão e circulação reage quando somos socialmente rejeitados.
Para
controlar isso, ou pelo menos amenizar, temos que exercitar nossa capacidade de
saber ouvir não, como aquele ditado que diz “o não a gente já tem como resposta”.
Pois é, temos sempre que contar com essa possibilidade. Mas ao contrário de
todo o significado negativo que o “não” representa, ele pode também significar algo
positivo, uma nova possibilidade, nova chance, novo começo. Afinal de contas, o
que seria do “sim” se não existisse o “não”?
Tenho
pra mim que a inflexibilidade de algumas pessoas, diante dos “nãos” que a vida
muitas vezes impõe, está ligada ao fato dessas pessoas não saberem dizer não,
assim, quando são contrariadas e colocadas em situações de adversidade, não
aceitam. É preciso ser sincero e honesto com a gente mesmo, acima de tudo. A
gente não pode dizer sim, quando no fundo, no fundo, quer dizer não.
Mas
uma coisa muito importante que eu quero levantar com toda essa história de “não”
é a naturalidade com que essa resposta é concebida, sendo regra, e a
impossibilidade e falta de vontade de dizer sim, sendo exceção. Ultimamente
parece difícil e que não dá para controlar dizer não, mas a gente tem aprender
a dizer mais sim para a vida, para o próximo, para os nossos sonhos e até para
nós mesmos. Eu vou ficando por aqui, como já dizia Lulu: “Eu vejo um novo
começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade, pra dizer
mais sim do que não...”.
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