foto divulgação |
Tem sempre alguém chegando, quando
alguém está partindo. E tem gente que chega pra ficar, enquanto tem gente que
vai pra nunca mais voltar. Todos os dias é esse vai e vem. Como já dizia o
poeta, a vida é a arte do encontro, mas também há muitos desencontros pela
vida.
A vida é um caminho onde conhecemos
pessoas. Amamos uns, não gostamos de outros, acompanhamos muitos e deixamos
alguns. Mas inevitavelmente, encontramos todos. A arte de encontrar é ao mesmo
tempo esperada e imprevisível. Pois sabemos que os encontros vão acontecer, mas
não sabemos como vão acontecer, e o mais importante: como eles vão nos transformar.
A vida está sempre nos reservado
encontros desde que nascemos: encontramos nossos pais, nossas famílias, colegas
de escola, do bairro, da faculdade e do trabalho. Estes são alguns dos encontros
os quais nós sempre esperamos e prevemos. Nós sabemos e somos treinados para encontrar
pessoas nestes diferentes momentos da nossa trajetória. Mas, muitos destes, são
encontros que também são despedidas. Porque são efêmeros, apenas confluências momentâneas.
Agora existem os encontros
inesperados, os melhores. Aqueles que a vida nos reserva para mudar o curso do
nosso rio. São encontros que nos transformam e que nos ajudam a sermos quem
somos. São responsáveis por construir e escrever a nossa história. Alguns
destes costumo dizer que são encontros de alma, porque vão além de qualquer
coincidência casual, são encaixes perfeitos.
E não posso deixar de falar das pessoas
que anseiam certos encontros, que procuram e que buscam em qualquer esquina
criando muita expectativa a cerca disso. Alguns realmente não foram feitos para
acontecer e acho que toda graça do encontro está em não provocar, em não
escolher, mas sim no fato dele simplesmente surgir e nos surpreender. O encontro
é uma colisão natural ao longo do percurso.
Mas faz parte também se perder no
caminho e nos desencontrar das pessoas. Alguns dos desencontros nós favorecemos,
nós queremos mesmo, outros, a vida que impõe tal divergência. Enxergo os
desencontros como encontros que não deram certo ou que não foram feitos para
acontecer. Embora nós não estejamos preparados nunca para nos desencontrar, faz
parte da vida.
Eu gosto muito de fazer uma alusão
a uma viagem de trem, são chegadas e partidas constantes, como os encontros e
desencontros da vida. E nesse antagonismo vamos vivendo do legado que deixamos
e trazemos com todos aqueles que esbarramos ao longo do nosso caminho.
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