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foto divulgação |
Talvez
não seja a violência, o terrorismo, a guerra, o ódio, a inveja, nem tampouco as
diferenças, o maior problema do mundo. Mas sim, a verdadeira causa que faz com
o que tudo isso aconteça: a intolerância.
A
intolerância, meus caros, tal qual como define o dicionário é uma atitude
mental caracterizada pela falta de vontade em reconhecer e respeitar as
diferenças, sejam elas quais forem: crenças, atitudes, opiniões ou escolhas. É isso
mesmo. A humanidade está doente de intolerância. As pessoas não respeitam os
outros, não toleram aquilo que é diferente do que elas pensam ou do que elas
são.
As
pessoas estão cada vez mais indispostas a aceitar pontos-de-vista diferentes
dos seus. Parece que às vezes não é uma questão apenas de não aceitar, mas de
querer calar aqueles que têm opiniões divergentes, de querer insultar aqueles que
são diferentes. E essa ausência de tolerância é expressa com uma atitude tão
negativa e hostil, que vem carregada de ódio, capaz de incitar muita agressividade.
E daí para a violência é um pulo.
Porque
vocês acham que o Brasil lidera o ranking de violência contra homossexuais?
Intolerância. Porque existe tanto terrorismo no Oriente Médio? Intolerância.
Porque ainda sofremos com o racismo? Intolerância. Porque o número de pessoas
que sofrem de bullying cresce cada
vez mais? Intolerância. Porque pessoas de esquerda e de direita têm trocado
ofensas constantemente? Intolerância. Porque existem muitas brigas de torcida e
muitas acabam em morte? Intolerância. E eu poderia continuar citando e citando
tantos outros casos e situações que começam com a intolerância.
Não,
não pense que isso tudo está muito distante da sua vida. Existem formas muito comuns
de intolerância que incluem ações discriminatórias e desrespeito a qualquer
ideia de qualquer pessoa. Tudo o que eu vejo são pessoas que pensam e agem
diferente, trocando farpas e ofensas, pela incapacidade de acatar as escolhas
alheias, como se as suas fossem as únicas aceitáveis, cabíveis e absolutas. E
ainda tem gente que diz que vivemos numa democracia, num estado laico e que
batem no peito defendendo a liberdade de expressão. Então, mais coerência, por
favor!
O
médico canadense Gabor Maté, especialista em psicologia do desenvolvimento,
fala em seu livro “Scattered Minds” que estamos criando uma geração com menores
recursos neurológicos para sentir empatia pelo outro. Socorro! Isso
definitivamente é muito assustador. Vamos
deixar essa arrogância de lado, vamos fazer a nossa “mea culpa” e colocar a mão na
consciência, essa intolerância toda não leva a lugar nenhum. Ou melhor, leva
sim, a índices cada vez maiores de barbárie. Se o que desejamos tanto é um
mundo melhor, então com certeza, o respeito e a compreensão são os primeiros
passos para fazer esse mundo melhor.
Cada
um de nós não precisa de aceitação, nem de aplausos pelas nossas escolhas, só
precisamos ser respeitados e respeitar o próximo. Ninguém precisa morrer de
amores um pelo outro, nem mesmo concordar com o que o outro diz ou faz. Deve
ter apenas uma boa dose de respeito. É pedir muito?
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